sexta-feira, 2 de setembro de 2011

EAD - Experimentando Algo Diferente

“A educação a distancia não oferece um ensino de qualidade e substancial para o aluno”. Esse foi um dos paradigmas que quebrei, dos inúmeros que tinha (e talvez ainda tenha alguns) enraizado sobre a prática do ensino a distância. Nas últimas semanas, tenho acompanhado alguns blogs sobre o tema e participado com comentários e intervenções. Os que tenho visitado com freqüência são o do Prof. João Mattar (http://joaomattar.com/blog/), prof. da Pós de Gestão e Metodologia em Educação a Distância, da Faculdade Anhanguera, e o do Instituto EADVirtual (http://www.educacaoadistancia.blog.br), empresa que desenvolve projetos de capacitação profissional presencial e a distância. Ambos blogs ativos, mas com perspectivas diferentes. O do prof. Mattar mais conceitual e focado na difusão e abordagem de temas ligados à educação à distância, passando por filosofia, ética e tecnologia. Já o blog do EADVirtual tem mais a cara de portal de notícias sobre o tema, sendo bastante seguido por sua atualização constante e por trazer notícias relevantes.
De inúmeros posts lidos nos últimos dias nos dois blogs, selecionei um tópico de cada para realizar uma abordagem mais reflexiva.“EaD em beta perpétuo”, publicado em 12 de agosto pelo prof. João Mattar, traz uma reflexão sobre a liberdade dada pelos conteúdos abertos, em que podemos interagir, melhorar, opinar, semelhante às versões beta lançadas pelas empresas de software. Isso implica que estaríamos em constante avaliação e evolução da forma de ensinar. Cada aula seria diferente trazendo inovações, muitas delas propostas pelos próprios alunos que interagiriam trazendo conteúdos e informações de suas próprias experiências ou de conhecidos de sua rede de contatos. Essa ação aumenta a responsabilidade de ambos, professor e aluno. O que permite um conhecimento mais coeso, concentrado e focado no verdadeiro aprendizado.
No entanto, a realidade das informações disponíveis é diferente. É inevitável a sensação de impotência quando encontramos um material interessante, o qual nos valeria muito sua visualização completa, e nos deparamos com as limitações impostas por autores e entidades. A sensação de encontrar conteúdos abertos e livres de censuras nos dá a impressão de vivermos em um mundo livre e aberto, em que o acesso às informações nos une e aproxima.
O tópico selecionado do blog Educação a Distância foi “Um milhão de alunos a distância – MEC”. No post, o blog comenta a notícia de que “o Brasil até o final do ano terá cerca de um milhão de estudantes universitários matriculados em cursos à distância. A previsão é de Hélio Chave Filho, diretor de Regulação e Supervisão da Educação à Distância do Ministério da Educação”. Essa informação é uma prova de que o EAD tem crescido muito no Brasil e tem tido o incentivo não só das universidades e centros de capacitação, mas também das empresas que têm criado suas próprias unidades de capacitação, oferecendo e contratando cursos a distância para seus colaboradores. Outro ponto a ser levando em consideração, é que com o aumento da oferta, há a tendência de queda da qualidade mínima exigida para os cursos. Podendo depor contra uma maior popularização da prática.
Com as visitas, leituras e participações pude mudar vários conceitos e refletir mais detidamente sobre o tema. Os comentários e troca de experiências, inclusive, permitiram a fixação dos conceitos ensinados na disciplina a educação a distância no Brasil e no Mundo da pós-graduação de Gestão e Metodologia do Ensino a Distância. Como dito no início desse post, muitos paradigmas foram quebrados com a realização desse estudo. Mas há ainda muitos por quebrar e muito por conhecer, monstrando a importância de continuar acompanhando os blogs e participar dos debates, criando uma ciclo de aprendizado continuado e troca de experiências.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Ensino a distância contorna falta de tempo e agrega na carreira profissional

Modalidade de cursos não presenciais permitem que interessados se matriculem em escolas internacionais
 
De um lado as empresas querem profissionais qualificados, que possuam no currículo cursos de extensão, especialização e pós-graduação. De outro, os profissionais precisam trabalhar e nem sempre possuem tempo suficiente para se deslocar até as escolas enfrentando, por exemplo, o trânsito intenso das grandes capitais.
 
Juntando a necessidade de estudar com as dificuldades em frequentar os centros de ensino, uma das respostas que surge é a modalidade de ensino EAD (Ensino a Distância). No entanto, mesmo se apresentando como uma opção para enfrentar os problemas inerentes às sociedades dinâmicas, ainda existem dúvidas e insegurança quando o assunto é novas formas de ensino, em especial, o realizado de forma não presencial.
 
Segundo a associada e colaboradora da Abed (Associação Brasileira de Ensino a Distância), professora Consuelo Fernandes, “a insegurança que a sociedade ainda tem frente aos cursos a distância reflete a nossa própria história, que é uma história de ensino presencial. Muitos ainda têm a ideia de que só é possível aprender se alguém - um professor - estiver controlando e ensinando o aluno diretamente”.
 
É possível perceber, portanto, que o receio está mais ligado à dificuldade da sociedade em aceitar os avanços tecnológicos do que com a real eficácia do modelo. Mesmo assim, os benefícios já estão sendo confirmados, as vantagens são claramente perceptíveis e quem tiver vontade e disposição a sugestão é que se invista, sim, no ensino a distância.
 
Cursos internacionais
 
Um dos fatores que contribui para o avanço do ensino a distância e ajuda a sociedade a confiar cada vez mais na modalidade é o fato das escolas tradicionais já ofertarem esse tipo de curso. Universidades federais e privadas, como a FGV (Fundação Getulio Vargas) e a PUC, por exemplo, já aderiram ao EAD.
 
Consuelo ainda vai mais longe. Além de grandes centros de ensino no Brasil, os interessados podem, sem sair de casa, realizar cursos em universidades renomadas no mundo todo. MIT (Massachusetts Institute of Technology), Harvard, universidades na Espanha, França, Inglaterra, entre outras, também oferecem esse tipo de curso.
 
Nos cursos internacionais, o interessado deverá passar por um processo seletivo, que usualmente avalia o nível de proficiência na língua que o curso será ministrado, normalmente o inglês, e análise do currículo. Ainda, será preciso realizar, ao longo do curso, cerca de duas viagens para concluir os estudos, isso nos casos de graduação e pós-graduação; os cursos livres já não são tão exigentes. No Brasil, as exigências são parecidas.
 
A visão das empresas
 
Caso tenha realizado um curso a distância e esteja se perguntando se deve ou não colocar essa informação no currículo, de acordo com o gerente de relacionamento da FocoTalentos, Gustavo Nascimento, a sugestão é que adicione, sim, essa informação. “É importante que o candidato já inicie sua relação com o empregador da forma mais clara e transparente possível. As empresas não fazem diferenciação entre aqueles que realizaram cursos a distância ou presenciais”, pondera Nascimento.
 
De fato, quando o curso que se pretende fazer é uma graduação, pode ser mais interessante optar pela modalidade presencial, devido a outros motivos que vão além do simples aprendizado. No entanto, com relação aos cursos de extensão, especialização e pós-graduação, que são foco do público mais experiente e maduro, optar pela modalidade a distância é favorável.
 
Nascimento ainda observa que, no máximo, o candidato será questionado, durante o processo seletivo, sobre as razões que o levaram a optar pelos cursos não presenciais. Frisar seu interesse em desenvolver sua carreira e aumentar seus conhecimentos é sempre recomendado.
 
Principais cuidados
 
Quando o profissional entende os benefícios e decide ingressar em um dos diversos cursos a distância é importante prestar atenção em alguns fatores. Em primeiro lugar, em casos de cursos de graduação e pós-graduação (Lato Sensu), é importante verificar junto ao MEC se o curso está autorizado. A pesquisa é simples e pode ser feita no próprio site do ministério.
 
Nenhum curso a distância, reconhecido pelo MEC, é 100% não presencial. Será preciso que o aluno se desloque, em determinados momentos do curso, até a instituição de ensino, seja para realizar provas ou apenas para se reunir com o professor e com o grupo. O MEC também exige que, para uma escola oferecer um curso a distância, ela deve obrigatoriamente já ofertar esse mesmo curso na modalidade presencial.
 
Outra recomendação antes de se matricular é optar por escolas renomadas, que possuem certa tradição no mercado. Caso o interessado fique na dúvida quanto à real integridade do curso, a sugestão é entrar em contato com pessoas que já finalizaram o curso em questão. Também é interessante se certificar que existe uma proposta de interatividade, ou seja, se o aluno poderá conversar com o professor, tirar dúvidas e entrar em contato com o grupo.
 
Para não perder tempo e garantir que o dinheiro será bem investido, esqueça a lógica de que cursos a distância devem ser de baixíssimo custo. Manter professores, estruturar projetos pedagógicos eficientes e úteis, que realmente vão ajudar no desenvolvimento da sua carreira, não é uma tarefa barata. Apesar de não haver todo o aparato físico, como no caso dos cursos presenciais, um ensino a distância eficiente requer muitas ferramentas que não são baratas, a exemplo de softwares e o demais aparatos tecnológicos. Portanto, é preciso ter cuidado com cursos muito baratos.
 
Educação a distância corporativa
 
Os profissionais estão observando que as empresas já vêm investindo cada vez mais no sentido de oferecer cursos a distância aos seus colaboradores. Um caso que é possível citar como exemplo é o da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), conforme comenta a gerente de projetos especiais da Dtcom, empresa focada em educação e comunicação corporativa, Luciana Precaro.
 
Visando aumentar a comunicação entre os colaboradores, reduzir custos com viagens e aumentar o número de programas de treinamento e desenvolvimento alinhado às estratégias empresariais, a Fenabrave adquiriu programas via satélite oferecidos pela Dtcom. “Com os cursos a distância é possível fazer com que todos os colaboradores possam ter contato com as práticas dos melhores profissionais’, comenta Luciana.
 
Luciana ainda ressalta que as avaliações mostraram que os profissionais se mostram motivados quando assunto é treinamento a distância, pois percebem que está sendo feito um investimento para o desenvolvimento de suas carreiras.
 

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Novo livro de João Mattar

Tutor é um personagem recente na história da educação brasileira. Institucionalizou-se não só na educação pública na Universidade Aberta do Brasil, como também em instituições de ensino superior privadas e na Educação a Distância (EaD) profissional e corporativa.
O objetivo desta obra é discutir sobre tópicos como os elementos necessários para a ação docente desse profissional, as estratégias de interação e interatividade, os princípios da docência, as diversas ferramentas nos ambientes virtuais de aprendizagem e sua convergência com as redes sociais, além da importância da avaliação e da formação dos professores – e tutores.
Escrito por um pesquisador de grande importância, Tutoria e Interação em Educação a Distância apresenta uma reflexão sobre o papel dos professores na Educação a Distância, reinterpretando a atuação do tutor como docente e, simultaneamente, oferecendo subsídios para um desempenho com qualidade e criatividade.

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